26 de jun. de 2008

cabeza

Lembança de Cassandra ao extinto cabeza marginal, quando andava por Madri.

liberdade

Quando parece que falta tempo, recolho minha atenção. Na escassez do tempo livre, não busco brechas de ociosidade. Invento liberdades para o tempo existente.

16 de jun. de 2008

5 de jun. de 2008

alas



Criação, design e texto: Vitor Freire
Fotos: Tiago Lima

Para o "cortado chico", belo fanzine de Vânia, Rebeca e Ceci em Buenos Aires.

4 de jun. de 2008

nina

Nina Simone pertence. Peço perdão a tia Lêda, mas essa frase é assim mesmo, com o verbo pedindo complemento, mas seu sentido já está completo. Nina reinventa uma música de pertencimento. Quando sinto as palavras reverberadas na sua voz saio de qualquer vazio e passo a pertencer, ainda que não saiba direito a quem ou ao quê. Atravessar "Wild is the wind" de mãos dadas com Nina é uma espécie de maratona sentimental. Díficil chegar a linha de chegada sem qualquer vencedor: selavagem é o vento e talvez seja a ele que pertencemos.

Love me love me love me
Say you do
Let me fly away
With you
For my love is like
The wind
And wild is the wind

Give me more
Than one caress
Satisfy this
Hungriness
Let the wind
Blow through your heart
For wild is the wind

(...)

3 de jun. de 2008

foi por pouco

Quando criança eu queria ser um comunista ninja jiraya alto e forte.

Desse tempo, acho que só permanece um pouco da criança: o comunista, o jiraya, o alto e o forte foram todos embora.

quantos pai-nosso, padre?

Preciso confessar algo sério. Confessar pra mim mesmo, quase. Sempre que eu entro no Unibanco ali da Augusta, eu tenho o pressentimento de que vou me apaixonar perdidamente.

E sempre quase acontece. Mas tudo ocorre tão rápido, que logo a paixão perde-se. Eu seria capaz de demorar uma vida inteira no olhar. Uma vida quase inteira. No último suspiro, tragava todo o resto.

Não posso mais entrar naquele cinema sozinho.