Mia Couto, O último voo do flamingo (p. 140).
[mis notas sobre soledad]
- Por quê a maior altura que conheço não coube em nenhum homem?
- É que há um limite. Passado este, não se enxerga mais homem.
- Não entendo, era tudo muito sem dúvidas antigamente. Hoje, já desconheço mais esses que fazem a gente.
- É impressão, perceba que continuamos os mesmos, um pouco mais evidentes, mas os mesmos.
- Vejo alturas mas não enxergo mais homens. É uma doença?
- Não. Se isso não te matasse tanto, diria até que é remédio. É que seu olhar ultrapassou a miúdeza dos homens. Tente se distrair com os pássaros enquanto sobrevivemos.
- É que há um limite. Passado este, não se enxerga mais homem.
- Não entendo, era tudo muito sem dúvidas antigamente. Hoje, já desconheço mais esses que fazem a gente.
- É impressão, perceba que continuamos os mesmos, um pouco mais evidentes, mas os mesmos.
- Vejo alturas mas não enxergo mais homens. É uma doença?
- Não. Se isso não te matasse tanto, diria até que é remédio. É que seu olhar ultrapassou a miúdeza dos homens. Tente se distrair com os pássaros enquanto sobrevivemos.
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