15 de mai. de 2010

Mais uma língua

Eu carrego essa alegria de quem é fluente na tristeza. Mais do que uma língua estrangeira, a alegria é sempre um idioma anterior a qualquer coisa, e vem com a força da própria vontade de se comunicar. A alegria surge como as primeiras palavras que consegui falar, quando criança. Um som que saiu da minha boca e foi percebido pelo outro, com algum sentido. A alegria me engana de mim mesmo. Minha tristeza não faz nada. Apenas envelhece junto comigo, guardando algum amor perdido. A tristeza que se movimenta, já não é mais tão tristeza assim.

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