28 de set. de 2005

Eu que velei seu sono



"Eu que conheci a altura dos vôos (...)
Agora tão perto de você, eu não sei caminhar."


Penso que se minha inteligência as vezes reclama fôlego para correr nesse prumo, desvio de caráter que se tornou atalho, do desgaste da pegada ou cansaço das paragens, há entretanto a possibilidade de, estando cansada, a razão se fazer leve, e minha inteligência ser levada pelos ventos da minha imaginação, esses, quentes no amor ou frios na tristeza. Decidi cedo minha sina para poder errá-la mais. Não tive amigos imaginários, fiz amizade com a imaginação.

p.s: A cena da foto, de Hoje é dia de Maria, é das maiores construções poéticas da televisão brasileira. Consegui os capítulos, e vejo-revejo. O pássaro que desce, o amor que eleva-se. Não ter televisão em casa não é de todo mau - mais cedo ou mais tarde acaba-se conseguindo os raros acontecimentos que valem a pena.

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