14 de mai. de 2006

vendaval da mente - II

Ele reuniu pequenos sopros para medir isso que lhe dirigia os passos: esse profundo nada. Apesar de não ser táctil ou vísivel, era capaz de mover, derrubar algo ao passar, locomover sua própria existência.

Percebeu, suspirando, como se nesse movimento aspirasse um pouco de seu próprio fio condutor, o que lhe acontecia.

Sua vida era isso: como o vento, um vazio que se move. As vezes até dessarrumando um pouco por onde passa.

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