23 de jan. de 2009

idade

A idade sempre me revelou muito pouco. Esconder-se atrás dela nunca funcionou, vesti-la sempre foi desconfortável, renegá-la sempre machucava.
Ganhei nova idade, e como todas as outras, ainda não sei direito o que fazer com ela. Saber algo tem sempre o limite da sabedoria. Não saber permite tudo, atordoante. Ainda me pego apaixonado por essas coisas que não sei lidar. Envelhecer é uma loucura do tempo.

*

Pensei agora a idade como a identidade da saudade. O espaço de carregar quem somos pelo tempo. Quem sou é sempre uma orquestra confusa de saudades acumuladas.

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