17 de nov. de 2009

Dança e doença

O genial Ken Robinson, estudioso da educação e da criatividade conta uma história que não sai da minha cabeça. Uma conversa que teve com Gillian Lynne, autora de "Cats" e "O Fantasma da Ópera", entre outras.

"Como você se tornou uma dançarina? E ela respondeu que foi interessante, quando ela estava na escola, sem esperanças, a escola escreveu para seus pais dizendo 'Achamos que sua filha tem algum tipo de distúrbio de aprendizagem'. Ela era muito inquieta. Então a mandaram para um especialista. Ela foi com sua mãe, ela ficou sentada num canto, sentada sobre as mãos, por uns 20 minutos, enquanto o especialista conversava com sua mãe. No final, ele disse: 'Gillian, eu ouvi todas as coisas que sua mãe me contou, e agora eu preciso conversar a sós com ela. Espere aqui e já voltamos.' Enquanto ele saia, ele aproveitou e ligou o rádio. Eles saíram da sala, e ele pediu para a mãe apenas escutar e observá-la. Ela estava de pé se movendo com a música. Eles observaram por alguns minutos e o médico falou: 'sua filha não está doente, ela é uma dançarina. Leve-a para uma escola de dança.' E a mãe a levou. Gillian disse que não consegue descrever quão maravilhoso aquilo foi. 'Nós entramos naquela sala e estava cheia de pessoas como eu. Pessoas que não conseguiam ficar paradas. Pessoas que precisavam se mexer para pensar.'
Ela fez diversos cursos, se formou no Royal Ballet, tornou-se uma renomada profissional, fundou sua própria companhia de dança, foi responsável por alguns dos musicais mais importantes da história e é uma multimilionária.

Outra pessoa poderia ter lhe receitado alguns medicamentos e ter dito para ela se acalmar."

Descobri aqui.