28 de jun. de 2010

Beijo no guardanapo

Ela deu um beijo no guardanapo, sorriu com a suavidade de quem sabe usar um batom rosa e partiu. Uma espécie de cartão-de-visitas, com uma certa intimidade. Numa fração de instantes, aquele jovem deixara de ser o geniozinho tímido e muito doido e surgia na condição de profundo especialista em mulheres bonitas e interessantes.

No guardanapo, não tinha sequer um numero, uma dica, nada escrito. Ela mudou a vida daquele jovem pra sempre, mas eles nunca mais se encontraram. Ela preferiu apostar tudo num pequeno gesto. O encanto virou um rastro na memória.

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