3 de out. de 2005

poemeto bobo

me ensine, por favor, a ser pai
que eu te ensino, com louvor, a ser filho
me ensine, meu avô,
a ser homem
de barba-feita
cabelo penteado para trás
gravata com aquele nó que não mais se faz
me ensine a caminhar, sem tropeçar
e quando cair, a levantar
me ensine a não chorar por qualquer desvio
e quando chorar,
me ensine a nadar
borboleta
e voar
me ensine, por favor, a amar
e não fazer desse sentimento
mais um brinquedo de montar
não quero mais ler tantas instruções

p.s.: esperando godot - a melodia.

Nenhum comentário: