25 de ago. de 2007

relendo

Eu desculpo o filho, mesmo que a única herança que ele me deixe seja meu avô. Confesso teu nome inúmeras vezes, mas nunca sou perdoado. Meu pai ainda não descobriu que eu o inventei. As coisas não são inventadas assim, pondera ruidosamente com suas barbas preenchidas por um rosto sisudo. Solidões em banho-maria, os rabiscos melados de mim. Pai, minha invenção foi um fracasso. Mas se tivesse dado certo, eu estaria órfão agora.

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