Em Belo Horizonte, conheci Fran. Ele poderia ter o apelido de Chico, como tantos Franciscos, mas é impossível olhar para o seu rosto e imaginar chamá-lo de qualquer outro jeito. Mais tarde talvez isso mude, mas não tem como olhar pro seu rosto e não advinhar que se chama assim. Fran. Ele passou algum tempo me chamando por outro nome. Eu, infelizmente contaminado de adultice, insistia em corrigi-lo. Percebi só depois que o nome era só um espaço sonoro oco - importante era o afeto que ele tinha me batizado de chamar. Lidar com criança é um teste impressionante de ser você mesmo demais. Não deve ser fácil. Mas é mágico. Tentei ser eu mesmo com esforço num final de semana em BH. De presente, trouxe um punhado de boas lembranças e situações.
No carro, ele iniciou repentinamente a falar sobre sua maneira de ver as relações. Começou dizendo que "mamãe participa com Tiago. Dandan participa com Sussu." Foi corrigido que esse último enlace já não existia mais. Então olhou pra mim e com um sorriso maroto foi certeiro: E você participa com quem?
Respondi aos sorrisos que eu estava sem participação no momento.
Trouxe isso, entre outras coisas. Não sai ileso.
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