Fui para Minas e voltei bem, feliz. Em Minas o mundo parece mais sereno, as miúdezas possuem mais espaço para caminhar. Na Bahia, parece que fui pra África e mesmo sendo meu ninho, Salvador é sempre uma cidade que seduz, nunca acolhe. São Paulo é uma Nova York esculhambada, tentando concatenar seu desejo cultural de uma Paris que não existe mais - nem na própria Paris - aos seus impasses de mundo globalizado, mesmo desacreditada em sua própria ideologia. Mas acho que é por ser baiano, e morar em São Paulo, que me aproximo de Minas e do seu belo horizonte desse jeito.
Lá em Minas, eu voei. Chama-se paraglider ou para-pente. Fomos numa Serra, vi aqueles pássaros de gente com asas coloridas e não tive dúvida. O ímpeto é sempre passível de desconfiança. Mas pensei comigo que medo é um negócio que só tem serventia no chão. Pode lhe prevenir de certas coisas, o receio não deixa de ser uma sirene interna. Mas de que vale ter medo no céu?
Voar é sem palavras.
Lá em Minas, eu voei. Chama-se paraglider ou para-pente. Fomos numa Serra, vi aqueles pássaros de gente com asas coloridas e não tive dúvida. O ímpeto é sempre passível de desconfiança. Mas pensei comigo que medo é um negócio que só tem serventia no chão. Pode lhe prevenir de certas coisas, o receio não deixa de ser uma sirene interna. Mas de que vale ter medo no céu?
Voar é sem palavras.
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