25 de jul. de 2007

aberto!

Então ouço esse tal de relacionamento aberto. Vejo a trajetória previsível desses personagens tão caretas em sua pós-modernidade frenética. Aparentam uma certa felicidade - logo corrijo-me, vejo que esse sorriso carrega um desejo de estar feliz, uma vontade de convencer o lado de fora primeiro, na ilusão do lado interno acabar felicitando-se por tabela. Gosto de observar, são sempre tão bonitos, deixam nos corpos toda sua abertura ao mundo: a liberdade do relacionamento porém concentra-se apenas no sexo. O feitiche e a fantasia sexual, em sua plenitude errante, tornam-se os pilares desse matrimônio sem paredes. No corpo, com bastante esforço, buscam dissolver a angústia fundamental da vida a dois no suor do sexo nômade. Ah, como é bom a liberdade. Ouvi uma dizer, tão bonita a coitada. Liberdade pra ela é apenas transar com quem quiser.

Meu relacionamento também é aberto. Só que é aberto pra dentro.

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